sexta-feira, 16 de abril de 2010

Da Série Maria

Estamos vivendo momentos de correria
De crenças e descrenças,
De rupturas,
De muitos e de poucos referenciais
Em meio a toda essa corrente turbulenta
Onde hora damos nossas maiores braçadas
Hora nos entregamos à corrente da maré
Encontro Maria tranqüila,
Experimentando e experiênciando as forças das águas sem pavor
Encontro Maria se encontrando, se reencontrando, inventando e reinventando
Nossa alegria fica no ar, no ambiente de nossos corações
Permissão para sonhar...
Tropeçando em miúdos ruídos
Tentamos delicados, armar nossas redes de sonhos
Que nos alertam serem impossíveis
Mas como seria possível viver sem sonhar?
Diante de Maria, os olhos brilhantes
Não se apagam em sombras de relâmpagos
Voamos sim, alto
Mas temos a sensação de estarmos cada vez mais perto do nosso chão
Porque Maria é ilha continental
E esse nosso, esse somos, esse "nós", sou eu em você e você no outro e em mim
Essa janela, esplendida, que se abriu de mim para ti
Não pode mais se fechar
Poderá somente passar de janela para porta
E de porta para clarão
Garças a Maria, descobri o nome do que conhecia
Mas não sabia nomear
E nem sabia que outros sabiam
A "terceira entidade"
Achei Maria Flor.

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