Não adianta
A chuva irá cair, independente do querer
Todos os dias de lastros serão secos
De tão pesado foi teu firme
De tão pesado foi teu firme
Nem adianta imaginar que será diferente
A pupa da borboleta acontece
Mesmo que ela, a lagarta, não queira
A transformação é inevitável
Vez como raio e trovão
Vez como maré que enche
Não adianta...
Em tempo de mudança
A terra fecha seus corpos
Em noites enluaradas
E as estrelas continuam a girar
O dia chegará diferente
Com outros raios
Que vieram de distante direção
Para aquecer seu barco
Como a madeira que é feito
Precisa na medida do não rachar
Dias de chuva virão
E tua relva crescerá novamente
As flores estarão a colorir
Todas as glórias do seu sorriso
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