sábado, 16 de março de 2013

Muitos espasmos
dão-me os espaços vazio
que tenho dentro de mim.

Em sobressaltos de cavalos
estalam minhas juntas,
todas imundas - imundas juntas-
que me marcam assim.

Quero voar bem alto,
ficar mais leve.
Mas os espaços vazios
são os que mais pesam
Não há o que se fazer


O vazio é vazio.
É o incontrolável,
O inquestionável,
O incompreensível,
O que não há.

Se mergulho me afogo;
Se voo me perco;
Se fico, sobro.

Por todos os lados que procuro,
só vejo o escuro.
Pois tudo me faz cercar,
Que me faz escudar,
está contido no vazio.

Não me ligo
Não me prendo
Não me importo
Não respiro

Eu tento
Eu lemento
Eu, minto
Eu sinto
Eu morro e eu me mato,
E eu não sei se lamentável, mas eu sempre sobrevivo.


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